Ferramentas e armas robóticas


Atualmente, há robôs no mercado que podem carregar e disparar armas (em inglês) comoescopetas, spray de pimenta, lançadores de granada ou até mísseis Hellfire. O robô Veículo robótico armado (MULE) do Utilitário Multifuncional/Logística e Equipamento (ARV-A-L) pode disparar uma arma com linha de mira e armas que destróem tanques. Os robôs Talon, controlados por controle remoto, podem carregar tudo, desde uma metralhadora M240 a um rifle calibre 50, ou granadas e lança-foguetes. O robô de patrulha sul-coreano (em inglês) pode disparar contra invasores ou carregar uma metralhadora K-3, uma metralhadora mais leve e parecida com a M249.




O veículo robótico armado do Utilitário Multifuncional/Logística e Equipamento

O veículo terrestre não tripulado do Utilitário Multifuncional/Logística e Equipamento poderá carregar armas, como lança-mísseis ou metralhadoras
O Veículo terrestre não tripulado tático Gladiator da Marinha dos Estados Unidos poderá carregar um arsenal de armas letais e não-letais.
  • Armas de Intimidação Multifuncionais (AIM) lançadas sobre os ombros, projetadas para destruir casamatas, desativar veículos blindados e invadir fortificações.
  • Metralhadoras 240 ou M249.
  • Sistema de Fumaça de Obscuração para Veículos Leves (SFOVL), um dispositivo que lança granadas de fumaça.
  • Sistema de Ruptura de Obstáculos Anti-pessoal (SROA), um foguete que reboca uma linha conectada a granadas de fragmentação. Ele foi desenvolvido para destruir obstáculos como minas terrestres.
Um robô grande e pesado poderia lidar com armas que são muito desajeitadas, pesadas, perigosas ou potentes demais para os humanos. O veículo robótico armado com luz de intimidação (ARV-A) poderia carregar um canhão de calibre médio, um sistema de mísseis e um sistema de metralhadora pesada. O Exército pretende utilizar robôs como o ARV-A principalmente como um suporte para os veículos tripulados, portanto o armamento tem de ser comparado ao de umtanque.



Veículo terrestre não tripulado do Utilitário Multifuncional/Logística e Equipamento
Exército dos Estados Unidos (em inglês)
Ilustrações do artista das três variações do Utilitário Multifuncional/Logística e Equipamento
Outras ferramentas incluirão sensores e câmeras para permitir que os robôs observem e se desloquem por meio de uma série de ambientes perigosos. Robôs como o Gladiator terão câmeras de imagens térmicas, ou seja, dispositivos que detectam o calor e geram imagens que os humanos conseguem enxergar. A maioria dos robôs também terá câmeras de vídeo comuns.
A principal meta do projeto Sistemas de Combate do Futuro é criar uma plataforma universal que o Exército e outras forças possam incorporar aos sistemas militares a partir de agora. Um dos desafios que os militares enfrentaram ao longo dos anos é uma combinação de equipamentos, veículos e softwares que não estão integrados entre si, dificultando a coordenação das batalhas e as discussões táticas. De preferência, todos os robôs militarescompartilharão uma plataforma comum, oferecendo aos oficiais a opção de confiar em vários robôs em uma missão complexa. Por exemplo, os veículos aéreos não tripulados poderiam manter uma área sob vigilância, transmitindo informações para os veículos terrestres não tripulados à medida que eles adentrassem a área.
Na seção a seguir, saberemos por que algumas pessoas estão preocupadas com a possibilidade da existência de exércitos de robôs.

Eficiência, economia e ética

A primeira dificuldade para um exército de robôs totalmente funcional é a técnica. Ninguém criou uma maneira confiável e eficiente de tornar os robôs autônomos de verdade. Entretanto, os cientistas fizeram progressos significativos nos últimos anos. A Defense Advanced Research Projects Agency, divisão de pesquisa e desenvolvimento do Departamento de Defesa, lançou um desafio de US$ 1 milhão aos tecnólogos e engenheiros nos Estados Unidos (em inglês) para criar um veículo robótico que pudesse se deslocar de modo autônomo por um trajeto de 320 km. Embora 15 veículos tenham entrado na competição, nenhum conseguiu cruzar a linha final.
O ano seguinte foi mais encorajador. Uma equipe de engenheiros da Universidade de Stanford ganhou o grande prêmio de US$2 milhões quando seu veículo autônomo completou o trajeto de 212 km em seis horas e 53m. Três outros robôs concluíram o percurso antes do limite de dez horas. O concurso comprovou que é possível projetar um robô que possa se deslocar por terra sozinho em velocidades comparáveis à maioria dos veículos militares.
Em 2007, a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) lançou um novo desafio: deslocar-se em um ambiente urbano complexo e simulado. Os veículos terão de simular uma missão de suprimento militar em uma cidade, o que significa que terão de conseguir se integrar aotrânsito, evitar obstáculos e seguir uma rota traçada. A equipe que melhor qualificar seu veículo ganhará US$2 milhões.



Robô ARTS

Sistema de Transporte Remoto para todas as finalidades foi elaborado para desativar explosivos
A navegação é um obstáculo importante a ser ultrapassado na busca pela autonomia robótica, mas quando você quer que seu robô seja capaz de localizar, identificar e disparar contra combatentes inimigos, os riscos são maiores. Descobrir como ensinar um robô a fazer distinções entre os inimigos, aliados e observadores inocentes poderia demorar muito tempo.
Além do aspecto técnico, o simples custo da pesquisa e da produção robótica é um desafio. Em 2006, o Departamento de Defesa estimou que o investimento total na pesquisa robótica no período de 2006 a 2012 seria de US$17 bilhões [fonte: Development and Utilization of Robotics and Unmanned Ground Vehicles]. À medida que os custos aumentam, os orçamentos se tornam mais restritos e o Exército é obrigado a sacrificar alguns dos seus planos. Muitos dos projetos robóticos dos militares estão sem financiamento, e há outros que estão suspensos por tempo indeterminado.
Portanto, há considerações éticas que surgem nas discussões sobre os soldados robóticos. Um país com uma força armada robótica estaria mais propenso a invadir outro país, sabendo que a invasão provavelmente resultaria em menos baixas? Ao eliminar o elemento humano da guerra, fazemos com que ela seja ainda mais desumana? Quando um robô falha durante uma missão, corremos o risco de enviar humanos para resgatá-lo e repará-lo? Podemos nos certificar de que os robôs saberão o momento de parar de atacar quando um inimigo se render?
Embora talvez estejamos a anos de distância de ver uma força de combate robótica eficiente, muitas pessoas acham que devemos tentar responder essas perguntas hoje. Os cientistas e engenheiros podem ser capazes de projetar robôs melhores ao decompor essas perguntas nos seus designs. Caso contrário, batalhões de "Exterminadores do Futuro" da ficção poderão estar um pouco mais próximo da realidade do que gostaríamos.